Português | |
Por Administrador (Professor), em 2013/07/12 | 691 leram | ![]() ![]() |
O programa da disciplina de Português inclui a abordagem de nomes sonantes da nossa Literatura Portuguesa, referindo as características de cada uma das épocas literárias. | |
![]() Depois de abordamos o Barroco, partimos para a análise do Romantismo, com a leitura da obra “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett. Um dos temas mais importantes da obra é, sem dúvida, o da liberdade de amar, mesmo contra as convenções sociais da época. A personagem de Maria de Noronha, a filha adolescente perfeitamente inocente dos atos de seus pais, é a própria personificação da beleza e da pureza que pode ser engendrada mesmo por uma relação socialmente condenável. O Realismo passou a ser analisado em pormenor, tal como a época o propicia, com a abordagem da obra “Os Maias” de Eça de Queirós. O romance veicula sobre o país uma perspetiva muito derrotista/muito pessimista. Tirando a natureza (o Tejo, Sintra, Santa Olávia…), é tudo uma «choldra ignóbil». Predomina uma visão de estrangeirado, de quem só valoriza as «civilizações superiores» – da França e Inglaterra, principalmente. Os políticos são mesquinhos, ignorantes ou corruptos (Gouvarinho, Sousa Neto…); os homens das Letras são boémios e dissolutos, retrógrados ou distantes da realidade concreta (Alencar, Ega…); os jornalistas boémios e venais (Palma…); os homens do desporto não conseguem organizar uma corrida de cavalos, pois não há hipódromo à altura, nem cavalos, nem cavaleiros, as pessoas não vestem como o evento exigia, são feias. Mais do que crítica de costumes, o romance mostra-nos um país – sobretudo Lisboa – que se dissolve, incapaz de se regenerar e que ainda hoje mantém características dessa época. Neste momento, estamos a analisar a poesia de Cesário Verde. Este pretende perceber o que se esconde na realidade, captando as impressões que as coisas lhe deixam e, por isso, perceciona o real minuciosamente através dos sentidos e reflete essa mesma impressão que o exterior deixa no interior do sujeito poético. Ou seja, o real exterior é apreendido pelo mundo interior que o interpreta e recria com grande nitidez, numa atitude de captação de real pelos sentidos, com predominância dos dados da visão: a cor, a luz, o recorte e o movimento. Para o ano, há mais autores que deixarão os alunos a pensar acerca do papel da Literatura no seu dia a dia… | |
Comentários | |